“O QUAL NOS FEZ TAMBÉM CAPAZES DE SER
MINISTROS DE UM NOVO TESTAMENTO, NÃO DA LETRA, MAS DO ESPÍRITO; PORQUE A LETRA
MATA E O ESPÍRITO VIVIFICA.” CORÍNTIOS
II 3:6
A gente aprendia as coisas antigamente sabe
como? No impacto. Não era assim? Aprendia no campo da emoção, debaixo do
impacto, positivo ou negativo.
Antigamente a evolução era precipitada, era
trabalhada pelos acontecimentos. Os encaminhamentos da vida nos projetavam. E
não mudou muito de tempos longínquos para cá. Nosso sistema de aprendizado
ainda é feito na pancada. A grande multidão de pessoas até hoje tem efetivado
sua rotina de crescimento e marcha evolutiva sabe em que base? Em cima do
impacto dos acontecimentos menos felizes que a vida apresenta. Tem aprendido
pela dor e por inúmeras coisas que vem acontecendo e as jogando para cima. Ainda trabalha tendo os resultados como componentes indutivos da evolução. Não prioriza
um programa, não elege um sistema para percorrer o que esse sistema sinaliza.
Nada disso. Apenas caminha ao saber das
circunstâncias, como um barco que se deixa levar. Mantém sua proposta de crescimento centrada nos fatores de fora
para dentro, em uma aprendizagem que se faz elaborada nos resultados externos
sobre a individualidade.
Jesus pensava em termos de amanhã dentro da
proposta de aprendizado da evolução consciente. E a expressão de Paulo,
"ministros de um novo testamento", indica que a ascensão agora tem
que ser realizada sob outro aspecto.
O evangelho tem indicado que não precisamos
mais sofrer para aprender o caminho de crescer. Aliás, chega de evoluir por
meio da dor. A dor é elemento evolutivo inerente às faixas inferiores da
evolução. O caminho deve ser por sentido diverso do que temos sequenciado. O
crescimento agora não deve mais ser sob o mecanismo do sofrimento, não mais sob
o impacto dos acontecimentos externos que o mundo transmite, não mais pelo
instrumento da dificuldade.
Precisamos alterar o sentido da evolução
para além da dor. O sistema agora deve ser pela adesão íntima a uma proposta
que dimana do plano superior, e elaborada por dentro nos planos formativos.
O evangelho nos propicia uma visão mais
clara. Daqui para frente a ascensão deixa de ser com base no impacto. Se antes
aprendíamos pela pancada da justiça, de fora para dentro, o evangelho nos
projeta para aprendermos sob a tutela do amor.
E nesse instante nós não vamos mais
trabalhar debaixo do constrangimento e da preocupação como grande parte das
pessoas fazem. Daqui para frente uma evolução não mais calcada no
constrangimento, mas sob o componente assimilativo pela busca. A projeção por
meio de uma didática nova em cima do aprende e faz. Visualizamos um crescimento
pela adesão a uma proposta nova que dimana de cima, um sistema novo em cima do
aprende e faz. Percebeu? Se antes aprendíamos debaixo do mecanismo da dor, a
boa nova propicia um aprendizado pela assimilação de valores novos e
consequente prática deles. No aprende e faz nós caminhamos na linha vertical do
amor a Deus, e na horizontal pela caridade ao próximo.
A dor está na base de todas as mudanças da
individualidade. Não está? Se repararmos bem, a dor é o ponto de partida. Vamos
entender que o tempo vinha, até então, operando o encaminhamento dos nossos
destinos dentro do plano de cumprimento natural da lei de reação. Ou seja, a gente
aprendia com base no impacto. É só pensar. Quando alguém não quer crescer,
quando não quer sair do lugar de onde está, vem o impacto e joga a criatura
para a frente. O constrangimento e a dificuldade fazem ela se mexer. Mas
realmente houve uma alteração fundamental na proposta do nosso crescimento rumo
a um futuro melhor.
Hoje notamos que com o aprofundamento dos
valores espirituais nós temos a oportunidade de embasar um processo de avanço
no campo da evolução pela apreensão de um conteúdo e consequente capacidade de
trabalho nesse conteúdo. É mais fácil precipitar avanço sobre controle a ter
que aguardar que acontecimentos da lei precipitem à mudança. Concorda? Tem
gente que só evolui no sacrifício. Vira e mexe a dor é convocada para fazer ela
se projetar. Assim, ficam duas alternativas: ou acordamos com o som de bombas
em nossas cabeças ou escolhemos o canto singelo dos pássaros livres na
natureza. Ou escolhemos, por espontaneidade, o estudo e o esclarecimento ou
esperamos que o impacto continue nos projetando. Aí a situação fica difícil. A
viver na frustração da perda para depois conquistar novos padrões, a nossa vida
seria acentuado vale de lágrimas. Vale que vivemos, muitas vezes, pela nossa
própria escolha.
Está determinado pelo plano superior, de
modo claro e inequívoco, que a Terra está progredindo e vai progredir ainda
mais. Que caminhamos a passos rápidos para uma nova situação hierárquica do planeta,
que o orbe vai se projetar para o nível acima chamado regeneração. E o que é
interessante, que o crescimento apenas debaixo dos impactos não constitui o caminho operante no mundo regenerado. Lá, com certeza, a ascensão não vai ser
somente assim, na base do empurrão.
Logo, considerável parcela de pessoas que
estão visitadas hoje por vários tipos de problemas apresentam condições plenas
de criar padrões de uma nova vida.
E mudança tem que ser agora. A nova era, em
termos de regeneração, vai deixando de lado aquelas condições de aprendizado ao
nível do impacto para nos informar.
No mundo regenerado a evolução não vem
decretada de fora. A lei da evolução já labora para nós um processo de
crescimento consciente, e a mesma regeneração nos aponta exatamente este
ângulo: aprende, assimila e opera. Sendo assim, o que, até então, era evolução conquistada
pelas ações insistentes dos fatos exteriores, calcando em nossa intimidade
caracteres pelo sofrimento, passa a ser hoje pelo vislumbre de um sistema novo
em que passam a falar as estruturas interiores.
O que era conquistado pelo impacto
passa a ser conquistado pela luta interior. E no momento em que elegemos essa
proposta de caminho, investindo com carinho, abnegação, sacrifício e
determinação no que aceitamos fazer, vamos notando que a aprendizagem, que era
totalmente de fora para dentro, passa a ser no trabalho, e não mais debaixo de
lágrimas, tristeza e frustração. Abre-se a capacidade perceptiva, aprendemos e
buscamos por em prática. Elegemos no mundo íntimo um sistema de vida e dá-se um
processo de crescimento pela própria tarefa que se desenvolve.
Se antes quem nos ensinava era a vida,
agora nós aprendemos uma sistemática nova de viver. Um aprendizado sem sofrer. De forma suave,
por uma eleição de educação.
Erradicando o vício pela incorporação de
virtudes. Estamos tentando fazer um sistema de evolução de natureza
educacional, enchendo a mente de quê? De caracteres.
Apropriando conteúdo e experimentando,
ingerindo conhecimento e implementando medidas, gravando informação e
praticando, avocando novos valores e fazendo, retendo informação e vivenciando-as.
Arregimentando padrões seletos e tentando, na essencialidade do nosso ser, um
caminho educacional que é o caminho que vigora no mundo regenerado. O nosso
plano de instauração e de interesse daqui para a frente passa a ser a busca do
instruir-se.
Apelamos para a instrução que é a metodologia
que vamos ter que implementar à partir de agora, porque é por aí que vamos
encontrar as linhas capazes de reduzir o sofrimento. Logo, quem quiser sofrer
menos instrua-se e trabalhe essa instrução, no plano de modelagem de uma nova
personalidade. E na medida em que vamos conseguindo tornar os efeitos em nossa
vida cada vez mais brandos, é sinal que deixamos de ter pressão de fora para
dentro para evoluirmos em termos de uma assimilação a nível intuitivo de
valores que precisamos saber explorar na caminhada.
Antigamente nós ficávamos presos a um
patamar, escondidos na nossa caverna íntima. Chovia, fazia sol, ventava, não
ventava, fazia frio, calor, era sempre a mesma coisa. Levava aquela mesma vidinha. Até que um dia a
terra tremia, e a gente tinha que buscar outro refúgio. Quando mudávamos era
porque a circunstância exterior precipitava acontecimentos. Hoje já é bem
diferente. Estamos estudando o evangelho, na sua essência, estamos elaborando
com tranquilidade a nossa estrutura mental, elaborando projetos, selecionando
valores que possam garantir um crescimento consciente. Tudo que não acontecia
antes. Quem trabalhava isso era um grupo privilegiado, que estudava de forma
mais aprofundada com os filósofos, que tinha acesso a conhecimentos que para a
grande maioria eram inacessíveis. Agora não, está tudo generalizado.
E passamos um
pouquinho de aperto porque não estamos acostumados com essa metodologia.
Estamos nos acostumando com essa metodologia agora. Não estamos muito
acostumados a exercitar o processo reeducacional, por isso sentimos certa
dificuldade. Estamos buscando substituir o mecanismo de evolução, que era pela dor, pela frustração e desilusão, e passar a evoluir pelo amor, com
direito de utilização do livre-arbítrio, selecionando melhor a semente. Estamos
nos esforçando, e com a ajuda de Deus, tenho certeza, a gente chega lá.
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